Plano foi descoberto em março deste ano e na mira da facção estavam outras autoridades políticas e judiciárias
Brasil – Um plano para sequestrar os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD) foi descoberto em março deste ano. Os dois políticos estavam na mira do Primeiro Comando da Capital (PCC). Embora o plano tenha sido descoberto, muitos dos membros ainda estão soltos, como o “Neymar” do PCC, um dos escalados para executar os planos, conforme informações do site Metrópoles.
Além disso, a facção tinha planos de sequestrar e matar servidores públicos e autoridades, incluindo o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).
Ao todo, cinco integrantes da chamada Sintonia Restrita participaram do plano, dois deles ainda desconhecidos da polícia. A Sintonia Restrita trata de assuntos extremamente sigilosos e relevantes para a cúpula da facção, formada por membros de extrema confiança do comando e com elevado poder decisório.
No entanto, as autoridades ainda não conseguiram identificá-lo por completo. Nem mesmo se sabe, ainda, se ele é, de fato, um xará do jogador ou apenas carrega a alcunha do craque da Seleção Brasileira.
‘Missão’
Segundo o relatório de inteligência do Ministério Público de São Paulo (MPSP) o grupo, incluindo “Neymar”, realizariam uma “missão” em Brasília, que era a de levantar os faccionados deveriam levantar os endereços de Lira e de Rodrigo Pacheco.
O plano contou, inclusive, com um aluguel de um imóvel na capital federal, com gasto de R$ 2,5 mil ao mês, que serviria de base de apoio para a execução do plano. Além disso, o relatório apontou que foram gastos R$ 4 mil com transportes por aplicativo por 15 dias para procurarem terreno para comprar e cerca de R$ 44 mil para a compra de “aparelhos celulares, aluguel de imóvel, transporte, seguro, IPTU, alimentação, hospedagem, mobília do imóvel, compra de eletroeletrônicos, etc”.
Plano descoberto
Os planos de ataque foram descobertos pelo Ministério Público de São Paulo, que compartilhou as informações com a Polícia Federal. De acordo com as investigações, o sequestro e a morte de Moro e de outras autoridades seriam feitos para obter dinheiro e conseguir o resgate de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do PCC.