Criminosos tiveram as prisões convertidas em preventivas
Rodrigo Wenderson Nunes dos Santos, um dos “carimbadores”, dupla suspeita de estuprar crianças e adolescentes com o objetivo de infectá-las com o vírus HIV em Manaus, foi preso na noite desta teça-feira (11).
O homem era procurado desde a última segunda-feira (10), quando a Justiça voltou a expedir mandados de prisão contra ele e o comparsa Victor Igor dos Santos, o segundo membro da dupla “carimbadores”.
De acordo com a polícia, Rodrigo se entregou por conta própria. Ele e o namorado Victor foram alvos da “Operação Carimbadores”, deflagrada pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), no mês de maio deste ano.
Os “carimbadores”, como se auto intitulavam, fazendo referência ao ator de contaminar as vítimas com o vírus que possuem, chegaram a ficar presos por 30 dias, mas foram soltos no último final de semana, por uma falha no acompanhamento de prazos processuais.
A polícia acionou a Justiça e conseguiu coverter a prisão da dupla em preventiva.
Entenda porque os “carimbadores” foram soltos
Rodrigo Santos e Victor Higor, autointitulados “carimbadores”, acusados de estuprar crianças e adolescentes com o objetivo de transmitir o vírus HIV em banheiros de shoppings e terminais de ônibus, foram soltos em Manaus após uma falha grave no monitoramento da justiça do Amazonas.
A soltura ocorreu devido à falta de acompanhamento dos prazos processuais dos acusados, em meio à transferência da ex-delegada de proteção à criança e ao adolescente, Joyce Coelho, que assumiu a liderança da Delegacia Especializada em Atos Infracionais (DEAAI), nesta terça-feira (11).
Enquanto isso, a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) é agora comandada pela delegada Juliana Tuma. Apesar de ser a atual responsável por casos urgentes como este, Tuma afirmou à imprensa não estar “por dentro do caso”. A troca de delegados acabou afetando o acompanhamento dos processos, agravando ainda mais a situação quando veio à tona a informação de que um dos “carimbadores” trabalhava em um pronto-socorro infantil, o que facilitava a propagação do HIV entre as crianças.