Os investigadores confirmaram que o carro passou pelo mesmo trajeto e no mesmo horário em que Vitória voltava para casa
Brasil – Um homem que morava próximo à residência de Vitória Regina de Souza, adolescente de 17 anos encontrada decapitada na última quarta-feira (6) em uma área de mata de Cajamar, na Grande São Paulo, tornou-se um dos sete investigados no caso após desaparecer ao saber que o corpo da jovem havia sido localizado.
De acordo com as autoridades, o homem era dono de um Toyota Corolla, veículo utilizado por dois indivíduos para assediar Vitória enquanto ela voltava do trabalho para casa na noite de seu desaparecimento. A investigação revelou que os cartões de crédito do suspeito foram rastreados até cidades do interior paulista, porém, ao chegarem a esses locais, os investigadores não conseguiram encontrá-lo. Até o momento desta publicação, ele segue desaparecido, e a polícia continua com diligências para localizá-lo.
Testemunhas relataram à polícia que o veículo pertencia ao investigado, mas teria sido emprestado a Gustavo Vinicius, ex-namorado da adolescente. Os investigadores confirmaram que o carro passou pelo mesmo trajeto e no mesmo horário em que Vitória voltava para casa. Ainda não se sabe se Gustavo estava ao volante no momento do desaparecimento, mas as evidências indicam que ele tinha posse do automóvel naquela noite.
O Corolla foi encontrado e periciado, e dentro dele foi localizado um fio de cabelo. O material foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para análise, e o resultado que pode confirmar se pertence à jovem é esperado para esta sexta-feira (7/3).
Momentos antes de desaparecer, Vitória enviou áudios para uma amiga relatando a abordagem de dois homens suspeitos em um carro enquanto ela esperava no ponto de ônibus. No registro, a adolescente demonstrava receio com a situação.
“Passou uns caras no carro e eles falaram: ‘E aí, vida? Tá voltando?’. Vou ficar mexendo no celular, não vou nem ligar para eles”, disse Vitória em um dos áudios. Mais tarde, ela informou que os indivíduos entraram no ônibus e um deles sentou-se atrás dela.
Nas mensagens seguintes, a jovem relatou que os suspeitos desceram antes dela. “Deu tudo certo, eles entraram dentro da favela. A hora que eles passaram lá do outro lado e voltaram eu pensei ‘pronto, eles vão voltar aqui de novo’. Mas eles entraram na favela”, relatou.
A polícia segue investigando a motivação do crime e tentando localizar o sétimo suspeito, cujo paradeiro ainda é desconhecido.