O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, afirmou nesta terça-feira (26/12) que determinou à Polícia Federal que investigue ameaças ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na internet.
“As redes sociais não são e não serão um terreno de incentivo a crimes contra as autoridades”, disse.
Cappelli está atuando no Ministério da Justiça em substituição ao ministro Flávio Dino, que está em recesso.
A publicação em questão é um comentário em um dos posts do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), em que o parlamentar comenta a notícia de que o presidente Lula passará a virada do ano em uma praia privativa controlada pelas Forças Armadas.
Em resposta a essa publicação, um seguidor identificado como André Luiz no X (antigo Twitter) faz alusão a tentativa de assassinato contra Lula e sugere: “Precisamos fazer uma vaquinha para pagar um mercenário com um rifle de precisão”.
Em outra mensagem, o autor ironizou que outros usuários da rede X, antigo Twitter, estavam enviando a mensagem para o ministro da Justiça, Flávio Dino.
Outro comentário do usuário identificado como Armindo Blodorn também foi denunciado ao Ministério da Justiça.
Após a afirmação de Cappelli, o seguidor de Nikolas Ferreira alegou estar sendo vítima de perseguição.
“Eu errei? Sim! Eu contaria um mercenário para eliminar um Presidente da República? Não, afinal gastaria o dinheiro em outra coisa”, disse. “O que vocês estão fazendo: denunciando-me para o interventor federal de janeiro de 2023 e marcando outras agências do governo”, acrescentou.