Hélio Lima recebeu recentemente a promoção de tenente-coronel do Exército.
O tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, apontado como envolvido no planejamento de assassinatos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi responsável pela segurança do Brasil durante o evento do G20. Na manhã desta terça-feira (19), ele foi preso pela Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro.
Hélio Lima liderava as Forças Especiais do Comando Militar da Amazônia (CMA), conhecidas como “Kits Pretos”. Apesar de atuar na segurança de autoridades no G20, ele e outros integrantes de um grupo golpista planejavam, simultaneamente, o assassinato de Lula e do então vice-presidente Geraldo Alckmin.
O ataque estava programado para ocorrer em dezembro de 2022. A operação “Contragolpe” da PF resultou na prisão de Lima, do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, do general da reserva Mário Fernandes, do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira e do policial federal Wladimir Matos Soares.
O plano, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, tinha como alvos também o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O objetivo do grupo era executar os assassinatos, derrubar o governo democraticamente eleito e implementar uma nova ordem política no Brasil.
Liderados pelo general da reserva Mário Fernandes, ex-comandante das Forças Especiais, os golpistas planejavam criar um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” após os ataques. Fernandes, que chegou a atuar como ministro-substituto da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, defendia publicamente uma intervenção militar e fazia referência ao golpe de 1964 como inspiração.
As discussões do grupo incluíam estratégias para “conturbar o país” e justificar uma intervenção militar, visando reverter o processo democrático e impedir o avanço do governo eleito. Eles consideravam a vitória de Lula como um “risco muito maior” ao cenário político que defendiam.