De babá a vítima de um assassinato brutal, confira toda a linha de tempo do caso

Manaus (AM) – A dolorosa e violenta história de Geovana Costa Martins, uma jovem babá de 20 anos, começou a ser revelada em 20 de agosto, quando seu corpo foi encontrado em uma área de mata no bairro Tarumã, na zona Oeste de Manaus. Desde então, uma série de descobertas sobre sua vida e a conduta de sua patroa, Camila Barroso, conhecida agora como a “patroa do mal”, veio à tona, chocando a cidade e o estado do Amazonas.

O Início do pesadelo

Geovana foi atraída à casa de Camila sob a promessa de um trabalho como babá. Para a jovem, parecia uma oportunidade ideal: cuidar da filha de uma “amiga” em troca de uma vida melhor. Inicialmente, Geovana realmente desempenhou suas funções, cuidando da criança e construindo uma aparente amizade com sua patroa. No entanto, o que parecia ser um emprego comum e seguro logo se transformou em um caminho sem retorno.

Camila, com sua vida luxuosa e repleta de festas e ostentação, começou a envolver Geovana em um mundo até então desconhecido para a jovem, que vinha de um ambiente simples e familiar. Seduzida pelo estilo de vida glamoroso de Camila, Geovana foi, aos poucos, se distanciando de sua família e amigos, tornando-se cada vez mais dependente da patroa.

A verdadeira face da “Patroa do Mal”

Com o passar do tempo, a verdadeira natureza de Camila começou a aparecer. Geovana foi obrigada a realizar tarefas que iam além de seu trabalho de babá. A jovem, que antes cuidava de uma criança, se viu envolvida em um esquema de prostituição liderado por sua patroa. Quando se recusava a cumprir as ordens, era agredida e ameaçada de morte.

Camila não era mais a amiga acolhedora, mas uma figura amedrontadora que, ao ser contrariada, se identificava como a mulher do traficante “Mano Kaio”.

A vida de Geovana tornou-se um verdadeiro inferno. Ela foi espancada diversas vezes e, apesar de tentar resistir, Camila tinha planos de envolvê-la no tráfico de drogas. A patroa chegou a tirar um visto para Geovana, com a intenção de usá-la como “mula” para transportar drogas em voos internacionais.

A tragédia

Contudo, Geovana se recusou a participar do esquema de tráfico. De acordo com a polícia, ela foi brutalmente espancada mais uma vez, até não resistir aos ferimentos e falecer. Seu corpo, marcado por hematomas, foi encontrado em uma área de mata em 20 de agosto, desencadeando uma investigação que logo revelaria os horrores que ela suportou.

Camila Barroso, a “patroa do mal”, tentou encobrir seus crimes. Ela chegou a informar a mãe de Geovana sobre o “desaparecimento” da jovem e até compareceu ao velório, fingindo luto. Antes mesmo de ter um mandado de prisão emitido contra ela, Camila se apresentou à delegacia, tentando desviar a atenção da polícia, acusando o ex-namorado de Geovana e até mesmo a mãe da vítima.

Prisão da patroa e busca pelo comparsa

Após as investigações, a polícia identificou Camila como a principal suspeita do assassinato e a prendeu. Agora, a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) está determinada a capturar o segundo suspeito envolvido no crime, Eduardo Gomes da Silva, que teria ajudado Camila a ocultar o corpo de Geovana.

O caso de Geovana revelou uma trama de mentiras, manipulação e violência que culminou em uma tragédia inimaginável. A história da jovem, atraída para uma vida de luxo por uma patroa que se mostrou fria e manipuladora, agora levanta a pergunta: haveria outras vítimas?

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Equipe de jornalismo do portal Rede Norte Diario.