Em apoio ao Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas (MPAM) acompanhou o cumprimento de mandados de busca e apreensão em Manaus na manhã desta terça-feira (4). As apreensões, nas quais o Gaeco-MPAM prestou apoio operacional, fazem parte da operação ‘Password’, realizada nos estados do Amazonas e Rio Grande do Norte.
A operação investiga uma suposta organização criminosa dentro do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RN), envolvendo servidores públicos em um esquema de fraude e adulteração de dados no sistema do órgão, através de acessos irregulares.
Após o sucesso no apoio operacional à operação, o coordenador do Gaeco-MPAM destacou a importância de realizar operações conjuntas de combate ao crime com apoio de órgãos de outros estados, visando desarticular organizações que atuam em todo o território nacional.
“O Ministério Público do Estado do Amazonas, por intermédio dos núcleos do Caocrimo/Gaeco, e a Polícia Civil do Amazonas prestaram apoio operacional efetivando o cumprimento dos mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal na cidade de Manaus, todos decorrentes da operação ‘Password’ realizada pelo Gaeco do Rio Grande do Norte. Essas ações conjuntas entre os Ministérios Públicos permitem investigações e cumprimentos de mandados de prisão em todo o território nacional”, comentou o promotor de Justiça e coordenador do Gaeco, Igor Starling.
Além de Manaus, a operação realizou buscas nas cidades de Natal, Mossoró, Parnamirim, Ceará-Mirim e Assu. Ao todo, 23 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências de servidores e na sede do Detran em Natal. A ação contou, simultaneamente, com a participação de 16 promotores de Justiça e 80 policiais.
Além da associação criminosa, a operação investiga os crimes de corrupção, alteração no sistema de informações ou programas de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente, usurpação do exercício de função pública, entre outros crimes contra a Administração Pública.
A investigação continua em andamento, e os eletrônicos apreendidos foram encaminhados para análise do Gaeco do MPRN, que também apura o envolvimento de outras pessoas associadas ao esquema.